Geodiversidade

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Geossítios do Porto Santo – Disjunção Prismática do Pico de Ana Ferreira

A rocha que constitui o Pico de Ana Ferreira, chama-se Mugearito e formou-se no interior da Terra.Esta rocha apresenta cor cinzenta e produz um relevo característico, mais resistente do que as que a circundam, atualmente, muito alteradas.

As colunas em forma de prismas que se observam no Pico de Ana Ferreira devem-se ao lento arrefecimento da rocha que consolidou em profundidade, no interior da chaminé do vulcão.

Geossítios do Porto Santo – Conjuntos de filões e rizoconcreções dos Morenos

Rede de filões que intersetam rochas vulcânicas submarinas, na base, e outras à superfície e até ao topo.Estes filões apresentam estruturas em prisma, chamadas “pedra navalheira”.

Na zona encontramos fósseis de caracóis e estruturas em forma de raiz (rizoconcreções).

A concentração destas rizoconcreções é tão elevada que foram utilizadas para adornar um pequeno fontanário na agradável zona de merendas dos Morenos.

Geossítios do Porto Santo – Lavas em almofada e disjunção esferoidal do Zimbralinho

Lavas em almofada são típicas das erupções vulcânicas submarinas.Estas estruturas podem ser observadas nas rochas basálticas no lado ocidental da base da pequena baía do Zimbralinho e ilustram uma fase inicial de evolução da Ilha do Porto Santo em que o vulcanismo ainda se desenvolvia debaixo de água.

Ao descer para a baía do Zimbralinho, é possível observar nas rochas basálticas outras estruturas arredondadas, aparentemente semelhantes a lavas em almofada, mas produzidas por outro tipo de fenómeno, a disjunção esferoidal, que dá origem a rochas em forma de esfera.


Geossítios do Porto Santo – Recifes fossilizados e Galerias do Ilhéu da Cal

O Ilhéu de Baixo ou da Cal é o maior Ilhéu do Porto Santo. Nele a extração de rochas calcárias teve início no séc. XVIII para a indústria de fabrico de cal, material estratégico usado na construção de vários tipos de edifícios por alvenaria.

Neste ilhéu podem observar-se várias extensas galerias, artificialmente escavadas no que foram há cerca de 15 milhões de anos, recifes de colónias de corais e areias.

Todo o Ilhéu da Cal e região marinha circundante tem estatuto de proteção no âmbito da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo (Sítio da Rede Natura 2000 – Ilhéus do Porto Santo).

Geossítios do Porto Santo – Tubos de lava do Ilhéu de Cima

 Nas vertentes viradas a oeste do Ilhéu de Cima podem observar-se antigos tubos de lava, localmente designados por “Pedra do Sol” pela estrutura raiada que apresentam.

Estes tubos formaram-se a partir de correntes de lava que escorreram a elevadas temperaturas pelas encostas de antigos vulcões.

Todo o Ilhéu da Cal e região marinha circundante tem estatuto de proteção no âmbito da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo (Sítio da Rede Natura 2000 – Ilhéus do Porto Santo).

Geossítios do Porto Santo – Cabeço das Laranjas do Ilhéu de Cima

No lado oriental da ponta nordeste do Ilhéu de Cima, o “Cabeço das Laranjas” apresenta uma espetacular concentração de fósseis de algas vermelhas (rodólitos), conhecidos como “laranjas” pelo aspeto exterior e pela cor que apresentam.

Podem ser observados, igualmente, vários fósseis de pequenas colónias de corais agarrados aos rodólitos de maiores dimensões, ouriços-do-mar e bivalves.

Todo o Ilhéu da Cal e região marinha circundante tem estatuto de proteção no âmbito da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo (Sítio da Rede Natura 2000 – Ilhéus do Porto Santo).

Geossítios do Porto Santo – Eolianitos da Serra de Fora

No litoral oriental do Porto dos Frades ocorrem rochas – Eolianitos, que recobrem também cerca de 1/3 da Ilha do Porto Santo. 

Esta formação, apresenta uma cor amarelo-esbranquiçada e é composta essencialmente por fragmentos de conchas de micro-organismos marinhos, moluscos e algas calcárias, aos quais se juntaram, posteriormente, conchas de várias espécies de caracóis. 

Estas antigas areias marinhas foram depositadas por fortes ventos sob a forma de enormes dunas. Nestas antigas dunas encontram-se também, fossilizados, ossos de aves e evidências da antiga vegetação que em tempos as recobria.

Todo este setor litoral tem estatuto de proteção no âmbito da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo (Sítio da Rede Natura 2000 – Ilhéus do Porto Santo) .

Geossítios do Porto Santo – Bentonite da Serra de Dentro

O Salão é a designação para um tipo de argila, a bentonite, que ocorre em certos setores da Serra de Dentro e era tradicionalmente utilizado para a cobertura das casas pois permitia manter um ambiente fresco no verão e quente no inverno.

Devido às suas propriedades muito absorventes estas argilas são capazes de reter muita água pelo que, numa primeira fase, proporcionam um bom isolamento da chuva pouco intensa.

Contrastando com os seus tons claros, pode observar-se uma importante rede de filões de tom mais escuro que atravessa esta formação argilosa ajudando a preservá-la da erosão por escorrência.

Geossítios do Porto Santo – Níveis Fossilíferos do Lombinho da Serra de Dentro

No setor Nordeste da Ilha ocorrem vários níveis de rochas com fósseis por entre espessas sequências de rochas vulcânicas submarinas.

Os fósseis de organismos marinhos de pequena profundidade, nomeadamente corais, rodólitos (“laranjas”) e vários moluscos de águas quentes, testemunham a existência há aproximadamente 15 a 14 milhões de anos de ambientes tropicais de pequena profundidade em torno do Porto Santo, sujeitos a tempestades e intensa atividade vulcânica subaquática.

Geossítios do Porto Santo – Disjunção Prismática do Pico Branco

No setor Este e Nordeste da ilha podem ser observados picos constituídos por rochas de natureza vulcânica ácida, de cor cinzenta claro.

Talhada pela vereda Pico Branco – Terrã Chã ocorrem extensas exposições destas rochas vulcânicas apresentando evidente forma prismática, localmente denominada Rocha Quebrada.

A Área do Pico Branco e Terra Chã integra a Rede Europeia de Sítios de Interesse Comunitário – Rede Natura 2000, Diretiva Habitats, por apresentar endemismos de flora e fauna.

Geossítios do Porto Santo – Hialoclastitos do Pico da Cabrita

Estas rochas de origem vulcânica submarina são constituídas por fragmentos angulosos de tamanho e cor variável.

São rochas que resultam do contacto brusco com a água do mar e consolidam, ainda a quente, numa rocha multicolorida.

Depois de muito alterada dá origem ao Salão (consulte o Geossitio Salão da Serra de Dentro).

Geossítios do Porto Santo – Conjuntos de filões do Porto das Salemas

As arribas abruptas da costa Norte e Noroeste apresentam formações vulcânicas características de erupções explosivas, representadas por materiais rochosos tal como encontramos nos Morenos.

Os filões que se observam na foto, em forma de tubo, resultam do preenchimento de fraturas existentes nas rochas, fraturas estas produzidas devido às tensões e pressões da atividade vulcânica.

Têm direções e dimensões variáveis, podendo apresentar espessuras que variam entre poucos milímetros (filonetes) a alguns metros, estendendo-se desde alguns metros até quilómetros.

Geossítios do Porto Santo – Eolianitos da Fonte da Areia

Na Fonte da Areia encontram-se extensas acumulações de arenitos (do tipo eolianito).

Os eolianitos são a rocha mãe da atual areia da Praia do Porto Santo, cujas partículas arenosas, na sua larga maioria constituídos por microfósseis de fragmentos rolados de conchas.

São uma herança das condições de grande produtividade marinha que terão existido na plataforma insular que existe em torno da Ilha do Porto Santo, que decorreu entre 110 a 11 mil anos.

Geossítios do Porto Santo – Areias Biogénicas carbonatadas, fossilíferas, da Praia do Porto Santo

As areias de tom amarelado da Praia do Porto Santo são únicas no contexto das praias de Portugal continental e insular pois são o resultado direto da erosão de rochas areníticas (eolianitos) que ainda ocorrem em vários setores da ilha, nomeadamente na região mais ocidental, próximo da Calheta.

Estas rochas fósseis ainda ocorrem na zona da Calheta, sendo visíveis sobretudo na maré-baixa. Os seus grãos são essencialmente constituídos por microfósseis e pequenos fragmentos de algas calcárias, conchas de moluscos e outros restos fossilizados de organismos marinhos que se desenvolveram há milhares de anos em torno da ilha do Porto Santo, durante a última glaciação.

Visite estas maravilhas da Natureza!

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